Policiais são indiciados sobre a chacina de Varginha

Estado de Minas 2024-02-29

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Durante mais de dois anos, peritos do instituto nacional de criminalística, o INC, analisaram as evidências da maior chacina da história da Polícia Rodoviária Federal.
A operação deixou 26 pessoas mortas. A princípio, os agentes envolvidos disseram ter acontecido uma troca de tiros com os bandidos do “Novo Cangaço”, modalidade conhecida pela alta violência e roubos à bancos.
As investigações da PF apontaram que os bandidos foram surpreendidos pela operação e não estavam armados no momento. A troca de tiros, defendida pelos agentes, teria sido forjada.
A investigação suspeitou que os policiais mentiram quando viram a câmera de segurança de um posto de gasolina, onde ao menos 4 policiais aparecem rendendo o caminhoneiro Francinaldo Araújo da Silva, que dirigia o veículo, e Gleisson Fernandes da Silva Morais, um dos mentores do assalto, programado para o dia seguinte.
A versão dos policiais era que encontraram um caminhão abandonado no posto com identificações falsas. A partir daí foram várias as inconsistências encontradas pelos peritos.
Nos dois sítios onde no total 26 pessoas foram mortas, incluindo o caseiro de uma das propriedades. Segundo a perícia, vários levaram tiros nas costas ou tinham marcas de tiros nas mãos o que mostra que tentavam se proteger institivamente.
O inquérito da Polícia Federal, que de acordo com a Agência Pública, tem mais de 1.400 páginas foi concluído com o indiciamento de 23 PRFs e 16 PMs.
Os indiciados vão responder pelos crimes de tortura, autoria e coautoria de homicídio qualificado (quando há intenção de matar) e fraude processual.

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