#trump #geopolitics #eua #news
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou hoje uma nova medida econômica que promete impactar as relações comerciais internacionais. Em uma postagem nas redes sociais, Trump declarou que qualquer país que adquirir petróleo ou gás da Venezuela terá de pagar uma tarifa de 25% em suas negociações com os EUA. A decisão, que reflete a postura linha-dura do governo americano, foi justificada pelo presidente como uma resposta à crise migratória e à suposta ameaça representada por imigrantes venezuelanos.
Segundo Trump, a Venezuela teria enviado “dezenas de milhares de pessoas” aos Estados Unidos, indivíduos que ele descreve como de “natureza muito violenta”. O presidente relacionou a medida à sua política de deportação em massa, que ganhou destaque nas últimas semanas. No fim de semana retrasado, por exemplo, três aviões com imigrantes deportados deixaram os EUA, gerando controvérsia. Um juiz federal chegou a ordenar o retorno das aeronaves, o que desencadeou uma crise constitucional e intensificou o embate entre o governo e o Judiciário.
A pressão de Trump sobre o governo venezuelano também teve resultados. Após negociações, a Venezuela aceitou receber de volta os deportados, que, segundo o presidente americano, incluem membros da gangue Tren de Aragua, acusada de tráfico de pessoas. No entanto, a medida não passa sem críticas. Familiares de alguns deportados afirmam que há inocentes entre eles, que não tiveram a chance de um processo justo nos EUA antes de serem enviados de volta.
Economicamente, a tarifa de 25% pode ter consequências significativas. Embora a Venezuela responda por apenas 3% das importações americanas de petróleo e gás — um volume bem inferior aos 60% provenientes do Canadá, por exemplo —, a decisão se soma a uma série de tarifas anunciadas por Trump. Nos últimos meses, países como China, México e Canadá já foram alvo de medidas similares, afetando produtos como aço e alumínio. Na próxima semana, tarifas recíprocas também devem entrar em vigor, sinalizando uma escalada na guerra comercial promovida pelo presidente.
Especialistas alertam que o acúmulo dessas tarifas pode elevar os preços nos Estados Unidos, pressionando ainda mais a inflação, que já é uma preocupação para muitos americanos. Enquanto o governo defende que as medidas protegem os interesses nacionais, o impacto no bolso do consumidor e nas relações diplomáticas segue sendo motivo de debate. O cenário que se desenha é de um país cada vez mais isolado comercialmente, mas firme em sua agenda política.