Bolsonaro desautoriza Mourão sobre invasão da Ucrânia e não condena ataques da Rússia

O Antagonista 2025-06-23

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Em sua live presidencial, Jair Bolsonaro desautorizou o vice-presidente, general Hamilton Mourão, em relação ao posicionamento do Brasil sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia e evitou condenar as ações do presidente russo Vladmir Putin.

Como registramos mais cedo, Mourão condenou os ataques dizendo que “o Brasil não concorda com uma invasão do território ucraniano. Isso é uma realidade”.

Bolsonaro, por sua vez, afirmou que outras manifestações de integrantes do governo brasileiro são meras “peruadas”. Ele ainda ressaltou que teve um “contato excepcional” com o presidente russo na semana passada.

“Deixa eu dizer uma coisa aqui: o artigo 84 da Constituição Federal é bem claro e diz que quem fala sobre esse assunto é o presidente. E quem é o presidente? Jair Messias Bolsonaro. E ponto final. Então, com todo o respeito a essa pessoa que falou isso [general Hamilton Mourão], ele está falando algo que não deve, que não é de competência dela”, declarou Bolsonaro (foto).

“Quando é que eu falo qualquer coisa sobre esse problema entre Rússia e Ucrânia? Eu falo depois de ouvir o ministro [de Relações Exteriores] Carlos França e o da Defesa, Braga Netto. Ponto final. A decisão é minha, mas quero ouvir pessoas, que realmente são ministros para tratar desses assuntos. Somos da paz. Nós queremos a paz”, declarou o presidente da República.

“Viajamos em paz para a Rússia, fizemos um contato excepcional com o presidente Putin, acertamos a questão de fertilizantes para o Brasil, somos dependentes de fertilizantes da Rússia. O país mais importante no mundo chama-se Brasil. Tudo que tiver ao nosso alcance nós faremos pela paz. Quem fala dessas questões é Jair Messias Bolsonaro. Quem tem dúvida disso, basta procurar o artigo 84 da Constituição. Quem está falando, está dando ‘peruada’ naquilo que não lhe compete”, concluiu.

Como registramos mais cedo, Bolsonaro tem sido aconselhado por aliados a se manifestar o quanto antes sobre a invasão da Ucrânia pela Rússia. Apesar disso, conforme O Antagonista apurou, ele resiste à ideia e argumentou que o Ministério das Relações Exteriores já emitiu o posicionamento do governo brasileiro sobre o tema.
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