Os Concílios da Igreja Cristã 12ª parte - O terceiroConcílio de Latrão em 1179 d.C. #concilio

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Os Concílios da Igreja Cristã 12ª parte - O terceiroConcílio de Latrão em 1179 d.C. #conciliodelatrao #papaalexandreIII #jesus #biblia #historia #history

Transcrição do áudio:

Chegamos ao terceiro concílio de Latrão em 1179, que é comparável aos grandes encontros do primeiro milênio. O clero foi composto de bispos oriundos da Itália e da França, mas também vieram bispos da Alemanha, Espanha, Irlanda, Escócia e Inglaterra, Hungria e Dinamarca, além de sete delegados representando a Terra Santa, um observador representando as igrejas gregas e alguns emissários reais.

Do mesmo modo que o Concilio de Latrão II, o Concilio de Latrão III reafirmou a unidade papal depois de a Igreja ter sofrido alguns cismas. Três antipapas já haviam ameaçado o então papa Alexandre III, e na sequência desse concilio um quarto antipapa também o desafiaria. A eleição de Alexandre III, em 1159, foi uma repetição das violentas e turbulentas eleições de 1124 e de 1130 para o papado. Para consolidar a sua liderança e a sua autoridade, Alexandre declarou nulas e inválidas todas as ações que haviam sido empreendidas pelos seus rivais e todos os cargos que haviam sido ocupados por estes últimos e por todos aqueles que os apoiavam. Ainda mais importante do que essa declaração foi o cânone instituído pelo Concilio de Latrão III sobre as eleições papais, que estabeleceu mais um importante passo para a consolidação do processo medieval que reservava as eleições papais exclusivamente aos cardeais, mesmo que para isso fosse necessário trancá-los em uma sala.

Em 1059, o papa Nicolau II havia atribuído aos cardeais o principal papel nas eleições do papa, em uma tentativa de contrabalançar as influências que as famílias mais ricas de Roma tinham no processo. A essa altura, no entanto, séculos de precedentes haviam permitido que outros membros do clero também participassem das eleições papais, além de permitir que o papa reinante declarasse qual era o seu sucessor e de permitir impropriamente que os leigos (inclusive o imperador) dessem ou negassem o seu consentimento à escolha do novo papa. Alexandre III fortaleceu a posição preeminente dos cardeais nas eleições papais, por meio de um importante cânone.

Em um outro tópico semelhante, o concilio instituiu leis contra qualquer cristão que ajudasse os muçulmanos e relacionava, minuciosamente, alguns tipos de ofensas aparentemente relacionadas ao ato de ajudar e de dar apoio aos inimigos dos cruzados. O Concilio de Latrão III proibia, por exemplo, os cristãos de trocarem armas e madeira por elmos com os muçulmanos e de comandar ou de pilotar navios muçulmanos.

Talvez devido ao fato de que a sua própria eleição tivesse sido questionada, quando alguns dos eleitores haviam exigido que houvesse unanimidade dos votos, Alexandre atribuiu as eleições papais exclusivamente aos cardeais e declarou que não havia necessidade de unanimidade dos votos para que um papa fosse eleito. Se um candidato reunisse dois terços dos votos dos cardeais

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