Os estudantes asiáticos ocupam o lugar do melhor aluno nos testes PISA (Programa Internacional de Avaliação de Alunos) deste ano.
O resultado da avaliação aos conhecimentos científicos de alunos de 15 anos de mais de 72 países, coloca na linha da frente estados como Singapura, Japão ou Estónia.
Uma das responsáveis do estudo, organizado pela OCDE, revela as razões do sucesso dos jovens “tigres asiáticos”.
“É uma combinação de fatores. Penso que o mais importante é que fixam um padrão elevado de ambições em termos do que os estudantes podem fazer. Eles concentram os recursos e os esforços não apenas na escola mas também nas famílias, no investimento em educação de alta qualidade. E mais importante, eles investem bastante nos seus professores”.
Com um resultado de 501 pontos, acima da média da OCDE, os alunos portugueses estão ainda longe de Singapura, com 556 pontos.
O estudo deste ano sublinha ainda a falta de integração das novas ferramentas tecnológicas em alguns sistemas de ensino.
“Esta falha é antes de mais uma chamada de atenção aos sistemas educativos para que tirem vantagem de todas estas tecnologias para tentar de melhorar o ensino das ciências. E também para tentarem transmitir não apenas uma mensagem, ou ensinar e transmitir o conhecimento relativo ao pensamento científico, mas também para que possam desenvolver a curiosidade das crianças para que possam mais tarde enveredar por esta carreira”, afirma Gabriela Ramos da OCDE.
O relatório sublinha ainda o progresso de países como Portugal na área da ciência nos últimos nove anos e evoca uma taxa nacional de retenção no percurso escolar de 30%, quase três vezes superior à média dos países da OCDE.