Indecisos deverão decidir o futuro da Escócia

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Apesar das divisões, o referendo escocês da próxima sexta-feira deverá obter uma taxa de participação próxima dos 100%. A cinco dias da consulta popular, 800 mil eleitores já votaram por correspondência, quando os restantes 3,6 milhões já se registaram para o sufrágio.

Nas ruas a batalha continua na reta final da campanha:

“Não temos nada a perder, sou um homem do Sim”, afirma um residente de Edimburgo. “Estou ainda indeciso mas devo votar Não”, retorque um eleitor, enquanto outro admite, “podemos ser patriotas e ao mesmo tempo continuarmos no Reino Unido e penso que dar mais poderes ao parlamento escocês, como Londres prometeu, será o cenário perfeito”.

As últimas sondagens voltam a dar uma ligeira vantagem ao campo do Não, quando 10% dos eleitores permanecem indecisos.

Em paralelo, o jornal britânico Daily Mail evoca uma fuga de capitais de mais de 20 mil milhões de euros nos últimos dias do território, quando alguns investidores temem as consequências de uma vitória do Sim.

Num relatório do Deutsche Bank, revelado hoje, o economista-chefe da instituição considera que a independência da Escócia seria “um erro semelhante aos que conduziram no passado à grande depressão dos anos 20”, considerando os argumentos dos independentistas como “revoltantes” e “incompreensíveis”.

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